DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.10031359
Neste artigo para o Jornal O SERRANO, Henrique Vieira Filho parte do fato que recém tivemos os dias da criança, do professor, do livro e da árvore, escrevo sobre a famosa lista do poeta cubano José Martí, que afirma que todos nós devemos plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro e, assim, eternizar nossa passagem pela vida.
Publicado resumido no Jornal O SERRANO, Nº 6327, de 21/10/2022
Você, que acompanha meus artigos, já notou que gosto de ter datas comemorativas como ponto de partida narrativa.
Em um curto intervalo de tempo, temos os dias nacionais da árvore, das crianças, do professor e do livro.
Faz cerca de 30 anos que nasceram minha primeira filha e meu primeiro livro, este sobre um tema do qual continuo professor.
Nem lembro quando plantei a primeira árvore, nem de quantas ao longo da vida, mas, suponho que muitas tiveram que ser sacrificadas para que meus livros fossem impressos.
Por sua vez, ensinar e escrever roubam boa parte do tempo de convivência com os filhos.
Não é nada simples conciliar os itens da famosa lista do poeta cubano José Martí, que afirma que todos nós devemos plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro e, assim, eternizar nossa passagem pela vida.
Textos, crianças e plantas, todos nascem de uma singela semente, de onde germinam ideias, vidas e emoções sem fim.
Demandam muitos cuidados e dedicação; uns mais, outros menos e de diferentes formas.
Sem árvores não podem existir nem livros, nem filhos, nem genitores, nem professores, por isso, semear é fundamental! E nem precisam de tantos cuidados, já que a mãe natureza é quem se encarrega da criação.
Parir um livro é muito mais simples do que a um filho. O primeiro já nasce adulto e retribui com renda e prestígio, o segundo, para os pais, será sempre criança (por mais que cresça…), mas tem uma capacidade que nenhum livro tem: a de te amar de volta!
Dos filhos e livros somos tanto professores, quanto alunos, enquanto as árvores já nascem sabendo tudo e só tem a nos ensinar.
Como pai de mais de vinte filhas e alguns livros (ops, é ao contrário!) e de um sem número de plantas, já poderia estar feliz e satisfeito. Porém, uma coisa ainda me frustra: nem minhas crianças, nem minhas plantas leram nada do que eu já escrevi!