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Slow Movement & Slow Art

Tela Polimetropolis - O Artista Henrique Vieira Filho homenageia Dali
https://doi.org/10.5281/zenodo.4670815

Viver em um ritmo acelerado, de certo que tem um certo charme (“live fast, die young” – viva rápido, morra jovem…), contudo, considero que a alternativa é bem mais interessante: desacelerar, viver muito e viver bem!

O Slow Movement preconiza a vivência do tempo com maior QUALIDADE para tudo e todos.

Começou na Itália, em 1996, com o Movimento Slow Food, que contrariava os valores e a cultura associadas ao “fast food”:

A proposta é a de saborear lenta e atentamente a refeição, a qual igualmente levou tempo e atenção para ser preparada, em contraponto às comidas “massificadas” e “pré-fabricadas”.

O ideal “slow” pode ser aplicado a tudo, focando em desacelerar para apreciar e tornar mais prazerosas todas as atividades.

A “filosofia slow” estendeu-se para inúmeras áreas, enumerando, a seguir, algumas delas: 

“Slow Cities” – cidades pequenas, com maior qualidade de vida…, 

“Slow Travel” – apreciar o passeio como um todo, não apenas o destino…, 

“Downshifting ou Simplicidade Voluntária” – redução de preocupações, de bens materiais, para conquistar mais tempo para o convívio com quem amamos e demais atividades prazerosas…,

“Slow Fashion” – roupas sustentáveis e duráveis, que não saem de moda no ano seguinte;  qualidade em detrimento da quantidade…,

“Slow Sex” – sem pressa, com carinho, amor e muito mais prazer…,

“Slow Art” – propõe apreciar por 5 a 10 minutos cada obra e trocar ideias sobre a experiência, sob a coordenação de um curador ou artista (sobre este tópico, tenho mais a dizer, na sequência)…

Se antes, o ditado era “tempo é dinheiro”, a nova versão pode ser “tempo é prazer”. 

Existe uma verdadeira obsessão por atividades e tecnologias que otimizam o tempo, só que, ao invés de aproveitar este ganho para o lazer, as pessoas acumulam outras novas tarefas! 

A impressão é que o dia não é suficiente para cumprir todos os compromissos…

Degustar refeições, conversar, conviver com a natureza, apreciar as artes, enfim, os prazeres da vida são tidos como um “insulto” à nossa posição de “ocupados demais para se dar ao luxo desperdiçar tempo”.

Viver num ritmo slow é procurar viver num ritmo equilibrado que seja bom para o corpo e bom para a mente (saúde), bom para os relacionamentos, para as sociedades e comunidades (desenvolvimento pessoal, social e local), e para o planeta (ambiente, sustentabilidade), é um modelo de equilíbrio para viver melhor sabendo quando é necessário abrandar ou acelerar não deixando que o abrandamento se torne estagnação, nem deixando que a aceleração se torne maníaca.
Fonte: https://www.slowmovementportugal.com/

Focando o tema para as Artes, onde seria de esperar-se qualidade de público e de interação, o que se constata é justamente o oposto: a média gasta por um visitante em frente a uma obra é, segundo o “The New York Times”, de 15 a 30 segundos!

Museus, galerias e meios de comunicação mensuram o “sucesso” das atividades artísticas pela QUANTIDADE de pessoas circulando, pois não há como medir a subjetividade: o PRAZER e a QUALIDADE da experiência vivida.

Phil Terry, CEO da Collaborative Gain, Inc. é o idealizador do Slow Art Day (dia 08 de Abril)

Frequentador rotineiro de galerias e museus, mudou radicalmente seu modo de apreciar e interpretar as obras, após ter experienciado, pela primeira vez, dedicar longos minutos para cada obra, em 2008, no Museu Judaico, passando a incentivar esta forma de vivenciar a Arte.

O Slow Art Day orienta aos observadores das Artes que dediquem de cinco a dez minutos a cada obra escolhida e, então, lhes propicia a oportunidade de conversar sobre a experiência com outros espectadores, comumente, com a mediação de um Artista ou um Curador.

Ao invés de apenas visitar uma galeria, exposição ou museu, ainda melhor será EXPERIENCIAR a Arte, sem pressa!

A proposta do movimento mundial “Slow Art” é que se amplie o tempo de apreciação de cada obra (ao invés de tão somente “passar” por ela….) e os participantes se reunirem para conversar sobre a experiência.

Comemorado no dia 8 de abril, o “Slow Art Day” é uma ação mundial voluntária, por parte de museus e galerias, com adeptos principalmente nos EUA e também no Brasil, com a Galeria HVF Artes e Sociedade Das Artes

Como grande incentivador da proposta e representante oficial do movimento, no Brasil, somo à Arte, minha experiência como Psicanalista, propondo vivências ainda mais enriquecedoras aos participantes.

Algumas curiosidades sobre o Movimento Slow Art:

  • A média gasta por um visitante em frente a uma obra de arte é, segundo o “The New York Times”, de 15 a 30 segundos.
  • O Slow Art Day orienta aos observadores das Artes que dediquem de cinco a dez minutos a cada obra escolhida e, então, lhes propicia a oportunidade de conversar sobre a experiência com outros espectadores, comumente, com a mediação de um Artista ou um Curador
  • Phil Terry, CEO da Collaborative Gain, Inc. é o idealizador do Slow Art Day. Frequentador rotineiro de galerias e museus, mudou radicalmente seu modo de apreciar e interpretar as obras, após ter experienciado, pela primeira vez, dedicar longos minutos para cada obra, em 2008, no Museu Judaico, passando a incentivar esta forma de vivenciar a Arte.
  • Museus, galerias e veículos de comunicação mensuram o sucesso de uma exposição pelo número de visitantes, pois são dados objetivos, e somente com o Movimento Slow Art é que estão dando a devida importância ao subjetivo, ou seja, a satisfação dos frequentadores.
  • No Brasil, o pioneiro (e também representante oficial do Movimento) em Slow Art é o Artista Plástico Henrique Vieira Filho, sendo que suas Exposições individuais sempre contam com cadeiras para que os visitantes possam admirar confortavelmente as obras, além da contarem com a presença do próprio Artista para conversar sobre as pinturas e esculturas.

Linha do tempo:

Slow Art Week – Brazil – 2018

Slow Art Week Brazil é coordenada pelo Artista Plástico e Psicanalista Henrique Vieira Filho

Slow Art Week – Brazil – 2019

Slow Art Day  – Brazil – 2020

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