Se a Starbucks conta com a sereia de duas caudas, o Brasil tem a Yara, sereia de água doce, apreciando o café mogiano, sob o olhar de Henrique Vieira Filho, encarnando Salvador Dali.
Em sintonia com a tema de fundo (viagens!) da revista Meridiano de Sentidos, confesso, que, o que sinto mais falta quando fora do Brasil é beber um bom café!
Com muito esforço, até é possível encontrar, mas, ao preço de um rim e servido com conta-gotas (e esse é o “double”, pois o simples, mal suja o fundo da xícara…).
E, no meu caso, café tem que ser aos baldes, moído na hora, espresso, 9 bar de pressão e 90ºC na saída da água! E o grão, do tipo arábico, da região Mogiana!
Sabe onde temos tudo isso? Aqui, em nossa Serra Negra e todo Circuito das Águas Paulista!
Neste tema, se for para invejarmos os estrangeiros, seria o sucesso de logotipo cafeeiro: afinal, o mundo todo conhece a “sereia de suas caudas” da Starbucks.
Segundo consta, o nome deriva de um dos marinheiros do romance “Mobi Dick” e a imagem foi extraída de um antigo entalhe em madeira escandinavo, contendo aquilo que os fundadores da empresa imaginavam ser uma sereia… Ou seja, tudo remetendo ao mar, que é por onde o café chegava em Seattle.
A empresa acrescenta que “o aroma do café encanta as pessoas como o canto de uma sereia”…
Sucesso mundial, fato é que o símbolo foi sendo sutilizado e estilizado com o passar do tempo, já tendo sido considerado até erótico demais:
Ao que tudo indica, o entalhe de madeira (supõe-se que seja do século XV) retratava um ente mítico europeu, a Melusina, que não é, exatamente, uma sereia, mas, sim, uma fada (quem tem poderes mágicos) ou uma nixia (espírito aquático do folclore escandinavo).
Há inúmeras versões de sua lenda, sendo as características mais comuns, que suas pernas como duas caudas ou serpentes surjam apenas um dia da semana, ao qual faz seu marido (em certas variações, um rei…) jurar que não a veja. A quebra da promessa resulta ora em vingança, ora em imensa tristeza e fuga.
Muitos brasões escandinavos e do Sacro Império Romano-Germânico ostentam Melusina com a coroa e poses guerreiras.
Mas, nada de ciúmes, pois aqui, no Circuito das Águas, temos também a nossa guerreira aquática, a Yara, que comanda as nossas fontes!
Por isso, eu a convidei para ser a musa do café mogiano!
E nada de celebridades “da moda” como George Clooney, não! Convenci o imortal Salvador a sair Dali e vir Aqui, ser nosso garoto propaganda! Duvida? Eu PROVO, com a foto a seguir, totalmente veridica, sem Photoshop, tirada nos bastidores do estúdio:
E eis. a seguir, o resultado final da sessão fotográfica, com estas duas lendas: Yara e Salvador Dali (que está aqui…), degustando um clássico cafezinho brasileiro, em plena Serra Negra!
Title: Surreal Coffee
Artist: Henrique Vieira Filho
Mixed media on canvas
Size: 60 x 120 cm – 23,6 x 47,25 inches
Year: 2020
Henrique Vieira Filho é artista plástico, escritor, jornalista e terapeuta holístico. Nas artes, é autodidata e seu estilo poderia ser classificado como surrealismo figurativo.
Por mais de 25 anos, esteve à frente da organização da Terapia Holística no Brasil, sendo presença constante nos meios de comunicação. Elaborou as normas técnicas e éticas da profissão, além de ser autor de dezenas de livros e centenas de artigos, que são adotados como referência em vários países.
Henrique Vieira Filho é artista plástico, escritor, jornalista e terapeuta holístico. Nas artes, é autodidata e seu estilo poderia ser classificado como surrealismo figurativo.
Por mais de 25 anos, esteve à frente da organização da Terapia Holística no Brasil, sendo presença constante nos meios de comunicação.
Elaborou as Normas Técnicas e Éticas da profissão, além de ser autor de dezenas de livros e centenas de artigos, que são adotados como referência em vários países.